Resolution

Um dos grandes problemas com qualquer aplicação de bombeamento ou dragagem é o entupimento da tubulação ou da mangueira. O entupimento ocorre com mais freqüência devido a objetos grandes ficarem presos ou se acumularem nas mesmas. Para minimizar esse problema, é muito importante escolher o pipeline e o tamanho adequados, juntamente com o tipo de bomba com a potência correta.

Mas o que este problema associado a uma atividade de dragagem tem a ver com gestão de pessoas?

É que no mundo corporativo usamos com razoável frequência a abordagem do pipeline da liderança, uma célebre contribuição bibliográfica do indiano Ram Charam, em parceria com Stephen Drotter e James Noel.

Na obra “Pipeline de liderança: O desenvolvimento de líderes como diferencial competitivo“, os autores contextualizam o pipeline como sendo uma tubulação que se desdobra em vários canais diferentes. Isso seria um metáfora para a abordagem que prega que há seis transições fundamentais a que se deve atentar no processo de formação da liderança. São elas:

• Gerenciar a si mesmo > gerenciar outros
• Gerenciar outros > gerenciar gestores
• Gerenciar gestores > gerente funcional
• Gerente funcional > gerente de negócios
• Gerente de negócios > gerente de grupo
• Gerente de grupo > gestor corporativo

A cada transição das pessoas para um novo desafio dentro de uma estrutura verticalizada de cargos, novas dosagens de competências serão necessárias para que o líder possa dar conta.

E, neste aspecto, é comum observar situações onde este pipeline “entope”!

São aqueles casos onde, por alguma deficiência de skills ou por falta de clareza nas entregas requisitadas para cada cargo, o Diretor acaba gerenciando a área, o Gerente coordenando as pessoas, o Coordenador “analistando” assuntos diversos e o Analista executando atividades repetitivas.

Muitas vezes este status quo se cristaliza e a organização, de forma até insconsciente, acaba achando que é normal.

O desafio da construção de estruturas de cargos e salários passa por “empurrar a estrutura para cima”, dando clareza de que o papel central do Analista é analisar, do Coordenador coordenar, do Gerente gerir e do Diretor dirigir e inspirar o futuro da organização.

Simples e óbvio, certo?

Todavia complexo no seu ajuste e execução, pelo fato de que, para desentupir o pipeline as pessoas terão que rever suas formas de atuação, sair de suas zonas de conforto e, fundamentalmente, ressignificar ou incrementar novas skills em seu portfolio profissional.

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