Direto do Front

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_Gestão da Performance no Mundo Ágil e Fluido.

14.08.20

Por muitos anos aqui no Brasil, estimamos que desde a década de 60, muito se confundiu “acompanhar” a equipe com “avaliar” a equipe, na linha de raciocínio de que grande parte das lideranças só dedicava tempo a este tema quando o RH entregava as “fichas de avaliação” e cobrava um prazo para que as mesmas retornassem ao seu controle.

Em artigos anteriores já havíamos sugerido um repensar dos modelos clássicos de acompanhamento do desempenho por parte do líder em relação aos seus times. A evolução das formas de trabalho, o mundo VUCA, a transformação digital, as novas gerações, dentre outras variáveis, nos empurraram para uma necessária ressignificação destas abordagens clássicas da gestão da performance.

E quando nos referimos ao termo gestão da performance queremos dar luz não a algum rito avaliativo em si, mas, sim, a um genuíno modelo onde o líder tem efetivamente interesse em acompanhar, dar feedback e direcionar as jornadas dos seus liderados. E isso não precisa necessariamente acontecer com data e local previamente agendados, pelo contrário: deve acontecer sempre que as partes (líder e liderado) sentirem necessidade de fazê-lo.

Cunhamos esta abordagem de Carreiras Fluidas, onde, além do requisito de ter uma plataforma digital para tracionar estes pontos de contato entre estes dois atores acima, é importante que a mentalidade da gestão também possa ser mais inspiradora do que controladora.

Bom, daí chega a pandemia…

Se o trabalho remoto parecia uma realidade muito distante de muitas organizações, muitas vezes até por ameaçar a manutenção dos sistemas de comando-controle existentes, a experiência da COVID-19 acelerou a sua adesão. Sem essa crise, precisaríamos, talvez, de mais de uma década para de fato viver esta nova normalidade.

Algumas organizações estão diante de um grande desafio na adaptação do  modelo remoto. Não apenas pelas suas equipes, que ficaram desnudas para manter o foco, engajamento e produtividade, mas, também, pelos seus líderes, que precisam adaptar a sua gestão de pessoas enquanto trocam o motor em pleno voo.

Diferente do que muitas pessoas ainda pensam, trabalho remoto não é apenas home office – ele vai além. O trabalho remoto significa trabalhar de qualquer lugar. Esse modelo dá a liberdade e a autonomia para que você entenda como e onde  performa e produz melhor. Pode ser trabalhando em casa, em um café, em uma biblioteca ou um coworking, por exemplo.

Para tudo isso acontecer, é necessário preparar não apenas as equipes, mas também os líderes. Isso porque a cultura do trabalho remoto exige disciplina e ainda mais profissionalismo para que os resultados aconteçam.

Que a liderança tem um papel muito importante para o bom desempenho do seu time, isso ninguém tem dúvida. E com times remotos isso não é diferente.

Preparar o seu time para realizar suas entregas, atingir as metas, fortalecer a confiança entre a equipe e criar um ambiente propício para o trabalho são algumas atribuições do líder de equipes remotas.

É importante destacar que o papel do líder de equipe remota é bem semelhante ao do líder presencial. Manter o time mobilizado e fortalecer a cultura do feedback, por exemplo, são desafios dos dois modelos. A única diferença é que o líder a distância precisa adaptar a rotina e suas ferramentas para cumprir esses pontos com a mesma excelência.

A gestão remota pode ser um grande desafio para os líderes. Ter que lidar com a distância, sem o olho no olho diário e manter o time em constante contato são alguns dos pontos que devem estar constantemente no radar da liderança.

Inspirados em recente artigo publicado pela Escola Conquer, queremos aqui também sugerir 5 (cinco) hacks para líderes de equipes remotas:

 

1. Comece pelo básico

O primeiro passo é trocar seu pijama e organizar seu espaço de trabalho: isso contribui especialmente para a sua produtividade. Além disso, lembre-se que, mesmo distante da equipe, você não está sozinho ao longo do dia. Por isso, cumpra sua carga horária em um horário pré-estabelecido de trabalho e não se ausente sem avisar o seu time.

Estabelecer um horário de trabalho e planejar as suas demandas, por exemplo, são algumas boas práticas para se manter focado e produtivo ao longo do dia.

Além disso, o líder tem um papel muito importante de ser o exemplo. Ao cumprir esses pontos básicos, ele demonstra para a sua própria equipe qual é a postura que ele mesmo espera dentro de um modelo de trabalho remoto.

 

2. Think remotely (Pense remotamente)

Na cultura remota 3 (três) pontos são indispensáveis:

:: Comunicação precisa ser clara: o líder precisa garantir que as mensagens estão sendo transmitidas de uma maneira assertiva. Além disso, lembre-se de que tão importante quanto falar é ouvir a sua própria equipe.

:: Colaboração: ao trabalhar remotamente, a tendência é que as pessoas se vejam como um time de uma pessoa só. O líder precisa sempre reforçar que cada um faz parte de uma rede e que a colaboração deve estar presente no dia a dia do trabalho

:: Confiança: essa é a base para toda e qualquer equipe. O líder não está presencialmente para “fiscalizar” o trabalho de todo o time, por isso, a confiança precisa ser dobrada.

Conversas em meios digitais facilitam a comunicação entre a equipe, e podem ser feitas em ferramentas de chat ou até mesmo com trocas de e-mail.  Além disso, certifique-se de que, em conversas importantes, todas as partes envolvidas estejam presentes. Deixar alguém de fora gera um sentimento muito negativo para a pessoa, que irá se sentir excluída do próprio trabalho.

Assim como o espaço físico presencial oferece a sensação de que chegamos ao trabalho, ter um ambiente digital centralizado proporciona parte dessa sensação.

 

3. Afine os instrumentos

São várias as tecnologias e ferramentas que permitem que as pessoas trabalhem remotamente, transferindo para o mundo digital a experiência que temos no mundo real.

Em um primeiro momento, reflita sobre as ferramentas que você e a sua equipe já utilizam, além de novas que possam ser incluídas na rotina de trabalho. Para as videoconferências, por exemplo, existem diversas ferramentas no mercado, como Zoom, Teams, Whereby e Skype.

Para realizar a gestão de pessoas, conversas fluidas e combinações de ações de desenvolvimento, use plataformas que estejam em linha com este novo contexto, como é o caso do Fluid.

 

4. Faça a gestão da comunicação

Se a comunicação é fundamental em equipes presenciais, em times remotos ela se torna ainda mais importante. Para isso, crie rituais de comunicação com a sua equipe, com reuniões semanais e diárias, por exemplo.

Você deve definir seu horário de trabalho e informá-lo ao restante da equipe. Dessa maneira, as pessoas sabem em que momento você está disponível e quando está fora do horário.

É sempre importante alinhar as expectativas de todas as pessoas da equipe, demonstrando o que você enquanto gestor espera delas e quais serão as formas de checagem daquilo que vier a ser combinado. Fazer e/ou relembrar acordos de expectativas a partir dos Mapas de Competências do seu time é uma boa prática que precisa ser fomentada, independente da modalidade de trabalho adotada.

Um grande diferencial do trabalho remoto é o sentimento de liberdade e autonomia proporcionado para toda equipe. Por isso, o líder não pode simplesmente impor modelos de trabalho, e, sim, trazer todos da equipe para construírem juntos a melhor metodologia.

 

5. Gestão remota é, antes de tudo, gestão de pessoas

As boas práticas de gestão de pessoas devem fazer parte de toda e qualquer agenda do líder de equipes remotas.

É fundamental ter ritos de cultura e valorização de pessoas, como comemorar aniversários, valorizar os colaboradores diante de toda a equipe, continuar com momentos de feedback e conversas 1:1 (one a one). Isso é muito importante para manter a equipe engajada e motivada, além de criar um clima agradável entre todos.

A distância não pode impedir o líder de conhecer verdadeiramente as pessoas do seu time e mais sobre a vida delas. Exercício de empatia nunca foi tão importante quanto agora no mundo de gestão de pessoas. Isso é requisito primário para não ser um líder distante da sua própria equipe. Entender o que acontece com cada um deles irá reforçar a relação de confiança entre vocês e, assim, melhoras as entregas individuais e da equipe.

Mais um motivo para usar plataformas de gestão de pessoas como o Fluid, que irão ajudar a proporcionar experiências transformadoras nas jornadas dos seus colaboradores.

 

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